Exposição em Ilhéus revela os variados cenários e culturas da áfrica

Exposição acontece no centro de Ilhéus e vale a pena ser visitada
Ascom

Da realização de um sonho em atravessar o continente africano, Michael Eckes levou sua esposa Maria Rosa Oliveira para uma viagem com mais 7000 km percorridos e perpassaram por, pelo menos, cinco países. No caminho, encontraram uma Escola em área rural da Tanzânia como destino para subsidiar o estudo de crianças africanas. A exposição fotográfica da África está aberta para visitas na sede da organização não governamental Human Network do Brasil (HNB), no centro de Ilhéus. 

A produção é do casal Michael Eckes e Maria Rosa Oliveira, fundador e presidente da HNB, com fotos da viagem para o continente africano, que atravessou países da África do Sul até a Tanzânia, com duração de quatro semanas em um percurso de mais de 7000 km, realizada em fevereiro de 2014. Durante a viagem, nasceu a iniciativa para apoio a um segundo projeto para a África, a Escola Alegria, na Tanzânia.

As fotos estão expostas em uma sala da HNB, situada na Rua Antônio Lavigne de Lemos, nº 92-A. Elas marcam um encontro selvagem e étnico com a natureza e pessoas vistas em mais de cinco países da África. A ideia da viagem vem de uma antiga vontade que Michael Eckes guarda desde a década de 1960. Quando ainda estudante, Eckes ingressou em uma aventurosa viagem de Kombi para a Índia, em 1966, saindo da Alemanha e percorrendo vinte mil quilômetros para realizar o sonho de conhecer o continente. Seu sonho era atravessar e conhecer a África. “Mais tarde, não tive tempo e também ainda está muito perigoso para atravessar países como Congo, Sudão, Niger etc”, explica Michael. Ele informa que a opção mais segura que encontrou na nova investida de retornar à África, levando sua esposa Maria Rosa Oliveira, foi pegar o trem Rovos da África do Sul em direção ao norte, finalizando em Dar Es Salaam, Tanzânia.

“Viajar com o trem Rovos ‘Pride of Africa’ é o sonho particular de uma família. É uma viagem de trem ao lado de locomotivas e vagões originais antigos que foram restaurados, enquanto se atravessa a África do Sul e se passa por diversos países como Botswana, Simbabwe, e Sambia”. Neste percurso, foram aproximadamente 5.700 km. De acordo com Michael, o sistema ferroviário está defasado e perigoso nas alturas de 2.500 metros acima do nível do mar. Por outro lado, ele afirma que a locomotiva anda bem lenta, o que favorece a chance de fazer os belos registros fotográficos da natureza, dos animais e pessoas.

“Saindo da África do Sul você somente atravessa zonas de mata com pequenos quilombos. Muitas vezes crianças correm ao lado dos vagões pedindo balsa, admiradas com a chegada do trem, que passa apenas quatro vezes por ano cheio de turistas brancos! Algumas vezes o trem para pra visitar lugares turísticos como cidades históricas, a capital do país, minas como Kimberley, lagoas, cachoeiras, como Victoria Falls, e também parques naturais com uma grande variedade de animais africanos. Chegando à Tanzânia, é somente um vôo de 800 km para o parque natural de Serengeti com leões, zebras, girafas, gazelas e elefantes. Na famosa cratera de Ngorongoro, que está em uma área de conservação da UNESCO  World Heritage, é possível encontrar mais de 25.000 espécies de animais para observar”, explica o viajante.

O fundador da HNB destacou ainda a ajuda destinada para a Escola Alegria, para construção de uma casa e uma escola para crianças da zona rural, situada próximas à lagoa de Victoria, na Tanzânia. Este é o segundo projeto que a Human Network do Brasil, com sede em Ilhéus, Bahia, apoia em país africano.